VERSÍCULOS BÍBLICO

Apocalipse

quinta-feira, 13 de março de 2014

A soberania de Deus e a Teoria do Acaso


" Os que afirmam que uma fatalidade cega produziu todos os efeitos que vemos no mundo,
disseram um grande absurdo; pois, poderia existir absurdo maior do que uma fatalidade
cega ter produzido seres inteligentes?
Montesquieu, Filósofo francês que viveu no século XVII

               Pergunto-me se Fernando Pessoa (a frase que titula esse estudo é de sua autoria) tinha alguma noção da grande verdade teológica expressada em sua poesia. Defendia o poeta que as realidades, antes de o serem, são quereres de Deus. Esses desígnios são passados aos homens que, se dispostos a lutar por Deus, tornar-se-ão instrumentos em Sua obra. Mas do cronograma poético de Pessoa, quero deter-me apenas sobre a primeira fase, o querer de Deus.
                Deus quer. E Ele pode querer. Deus não é um ser cosmicamente mimado. O criador não age como mal-educado criança , para quem tal a impossibilidade, maior o destempero. Deus tem em suas mãos todo o poder: "Porque dEle, e por Ele , e para ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém!" (Rm 11.36); Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2.13).
                 De forma geral, é possível conhecer bem os planos de Deus para a Igreja. Dispomos da Palavra para isso. A Bíblia ensina sobre como proceder em todas as ocasiões; não há evento que não seja previsto ou aludido nas Sagradas Escrituras. Analisando a Bíblia, nós, Igreja que somos, saberemos nos portar. Mas, o que, infelizmente, nem sempre conseguimos fazer é conciliar os quereres de Deus aos âmbitos mais pessoais de nossa existência. É fácil  descobrir oque Deus deseja de nós como igreja; mas como conciliar as aparições pessoais com a vontade soberana de Deus? Haveria lugar para elas e os planos íntimos na dinâmica do Reino?
                 Recorro ao personagem que entrou para o imaginário cristã como sonhador: não parece que os sonhos e gostos pessoais de José foram respeitados por Deus, pois, mais rápido do que percebesse, viu-se privado de todas as benesses que o futuro lhe reservava. Quantas belas túnicas ele não poderia colecionar durante o tempo em que foi escravo e presidiário?
                   Chegamos aqui a uma bifurcação menos em nosso estudo e mais em nossa caminhada de fé: ou assumimos que a soberania de Deus não fere nosso arbítrio, ou cedemos a uma teoria mais simples que dispensa o exercício da fé, a casualidade.
                   Quando pequeno, aprendi na escola Dominical um hino infantil que dizia: "Menininho, como vai? Você vale muito mais do que as aves, do que a flor. Deus lhe tem amor". Ora, quando eu era menino, aprendi que minha vida estava nas mãos de Deus e isso aquecia meu infantil coração.
                   Descobrir-se guardado por Deus é reconfortante, mas isso foi nos idos tempo de menino, pois logo que vim a ser grande disseram que eu poderia ser fruto do acaso. Que, por acaso, nasci; por acaso respiro; se por acaso viver, por acaso é que continuo vivo. Deus não tem nada a ver com isso. É passar de projeto divino a erro de cálculo! Que fazer?
                   O conceito de acaso remonta à filosofia clássica. Os intermináveis diálogos filosóficos cuidavam ser o acaso apenas o que o acaso poderia ser, aleatoriedade, casualidade. Isso e nada mais. Porém, o conceito de acaso evoluiu na mesma proporção em que cresceram as aspirações à deidade do homem: ansiando ser o deus de sua própria vida. O ser humano criou para si um autoculto em que o acaso é reverenciado como força que pode detê-lo ou impulsiona-lo. Desta forma, o acaso emerge das sombras matemáticas para ganhar forças espiritual. Neste momento, o trono de Deus é usurpado pela filosofia pós-moderna, que tem suas raízes na queda de Lúcifer: não sendo possível roubar o lugar de Deus, Satanás tenta esconde-lo, tenta impedir que os homens enxerguem o Criador, dando-lhes o "bezerro" do acaso, banhado no dourado fajuto da pseudoliberdade.
                   O acaso filosófico nada tem a ver com a matemática. Este último é apenas uma possibilidade, como as combinações que se pode ter ao lançar os dados. Já o acaso filosófico recebe atributos de entidade divina e vai de acaso a poder causal. Não satisfeito com a boa, perfeita, e agradável vontade do Senhor, o homem, ilidido por Satanás, criou para si um deus que em verdade é o mais perfeito sinônimo para o nada. O teólogo americano Robert Charles Sproul declarou: "O acaso não é uma entidade. E não entidades não tem poder porque não existem. Dizer que algo acontece ou é provocado pelo o acaso é atribuir poder instrumental ao nada".
                   O pensamento moderno acha-se influenciado pelo minimalismo. Todo o campo das ideias está dominado por este movimento que tem como objetivo maior não provar que Deus não existe, mas provar que Ele não é tão poderoso como afirmam as Escrituras.
                    O acaso e sua falsa liberdade provocam no homem um senso de não realização e total incapacidade. Não importa o quanto se esforce o homem; não importam os seus sonhos e dons; importa o que o acaso resolveu para ele. Diante desta última afirmação, alguém poderia apelar dizendo que o acaso guardou para si o mesmo direito que o Senhor Deus detém: o poder para fazer, já que, diz a Escritura, que ninguém pode intentar contra o braço forte do Senhor. Assim, Deus estaria sendo tão cruel quanto o acaso que os seus servos condenam. 
                     Entretanto, existisse no acaso a propriedade de realizar, certo seria que suas efetivações constituir-se-iam em verdadeiro desastre para os homens. A diferença entre o Deus a quem servimos e o acaso naturalista é que o Senhor é soberano, e não um tirano. Sua vontade faz-se cumprir por Seu poder inquestionável e perfeito. Uma soberania que não é negociada com os homens, pois é exercida para o bem deles.   

Fonte Prof. Gunar Berg 
Coordenador  Acadêmico da FAETAD
Articulista e autor pela EETAD e FAETAD e CPAD


















  

sexta-feira, 7 de março de 2014

O ESPIRITISMO (CONT.)

O ESPIRITISMO 
(CONT.)

SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR 

     No texto 5 do estudo anterior, tratamos da invocação dos mortos de uma forma geral. Neste Texto, vamos tratar do assunto de forma mais analítica, tomando o caso da consulta feita por Saul à médium espírita de En-Dor.

     Para isto, pegue sua Bíblia, abrindo-a no capítulo 28 de 1 Samuel. Leia atentamente todo esse capítulo e depois volte a esse Texto. Concluída a leitura desta porção das Escrituras, vem á mente perguntas, como: "É ou não possível comunicar-se com os espíritos de pessoas falecidas?" "Foi ou não Samuel quem apareceu na cessão espírita da En-Dor?''

      Muitas são as resposta que aqui poderiam ser dada s. Por exemplo,''a comunidade judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasião''. Essa também era a opinião de destacados líderes da igreja dos primeiros séculos, entre eles, Justino Mártir e Orígenes. Mas, por outro lado, Tertuliano, Jerônimo, Lutero e Calvino acreditavam que um demônio apareceu ali em forma de pessoa, personificando o profeta Samuel.

Análise bíblico do fato

       Uma cuidadosa análise de 1 Samuel 28, mostra com clareza que um espírito de engano, e não Samuel, foi quem apareceu na cessão espírita de En-Dor.
  
      Dentre as muitas evidências contra aqueles que ensinam que Samuel apareceu na cessão espírita de En-Dor, vamos vamos apresentar apenas algumas que se seguem:

             1. Nem a médium nem o seu espírito de mediunidade tinham poder sobre Samuel. Só Deus exerce esse poder, pelo que não iria permitir que Seu fiel servo viesse a se tornar parte de uma prática que o próprio Deus condena (Dt 18.9-14).

              2. Após informar a Saul que Deus o tinha rejeitado, Samuel nunca mais falou a respeito desse rei (1 Samuel 15.35).

               3. Se Samuel tivesse aparecido na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu descanso; nem dito que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (v.v 15,19), o que não aconteceu.

               4. Saul mesmo dissera que Deus já não lhe respondia nem pelo ministério dos profetas e nem por sonhos (v.v 6,15). Deste modo, Deus, no último momento:

                        a) não teria cedido ao desejo de Saul de receber outra revelação;

                        b) não teria entrado em contradição com a Sua Palavra que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (Jó 7.9,10; Ec 9.5,6; Lc 16.31); 

                        c) não teria criado a impressão que, tentar entrar em contato com os mortos não tão mau como antes Ele mesmo dissera (Dt 18. 9-14);

                        d) não teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da consulta feita à médium (1Cr 10.13).

              5. Saul disse à médium a quem ele deveria chamar. A médium temeu:

                        a) porque ela viu um espírito maligno naquela aparição que, como "prodígio de mentira" , se fez passar por Samuel, isto é, personificando-o. Considerar bem a parte do versículo 8. Era uma autênca seção espírita;

                        b) porque uma vez ela reconhecendo Saul, lembrou-se que ele era inimigo das práticas espíritas (v. 12).

              6. Saul mesmo não viu Samuel. De acordo com a descrição da médium, ele mesmo "entendeu" que a personagem descrita era Samuel (v. 14).

               7. Quanto à profecia abordada durante a seção de En-Dor, J. K. Van Baalen, no livro O CAOS DAS SEITAS, dá as seguintes possibilidades:

                         a) a mulher percebeu o medo de Saul, de que o seu fim era iminente. E isso ela predisse;

                          b) a mulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel a respeito de Saul (1 Samuel 15. 16, 18). Depois dessa profecia e dos fatos a ela subsequentes, de 1 Samuel 15. 19-35, Saul tornou-se hostil a Samuel, como está patente em 1 Samuel 16.2. A pitonisa, sendo astuta e conhecendo esses fatos negativos contra Saul, disse-lhe o que ele esperava ouvir;

                           c) se um demônio se fez passar por Samuel e falou por meio da médium, então a mulher lembrando-se da profecia de Samuel, fez uso da mesma.

                8. Não carecia que alguém fosse um perito ou estrategista em guerra para prever a iminente derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus, tendo em vista o fatos de 1 Samuel 13.8-14 e 15.18-28. Em todos os tempos o salário do pecado é a morte. A questão desta guerra já havia sido decidida bem antes de Saul consultar a médium.

                9. A parte final do vaticínio da médium não foi verdadeira no seu cumprimento, pois, nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos.

Conclusão

               A melhor maneira de se definir o Espiritismo é chama-lo de "Profundezas de Satanás" (Ap 2.24 ARC). Assim, devemos ter sempre em mente os fatos que mostram que Satanás

                        1. é o pai da mentira (Jo 8.);

                         2. sabe imitar a realidade com os seus embustes (Êx 7.22; 8.7);

                         3. se transforma em anjo de luz (2Cr 11.14);

                         4. tem poder de operar milagres, isto é, falsos milagres (2Ts 2.9).

               Aqueles que se envolvem com o Espiritismo estão sob as malhas da rede de Satanás, correndo o perigo de jamais se verem livres delas. E o que dizer da aparição de Moisés e Elias no momento da transfiguração de Cristo? Devemos considerar que 

                         a) eles apareceram não por influência de qualquer médium, mas pela vontade soberana de Deus;

                         b) eles não revelaram nenhum elemento novo ao sacrifício de Cristo;

                         c) suas palavras ditas naquela oportunidade, não se acham registradas nas Escrituras.

PODEM OS MORTOS SE COMUNICAR-SE  COM OS VIVOS?

               No último Texto do estudo aqui abordado e no primeiro deste, mostramos que a tentativa de se comunicar com o espírito de pessoas mortas, é não só uma frontal rejeição à orientação divina, mas também um ardil de Satanás, através do qual ele tem mantido enganados milhões de pessoas em diferentes pontos da terra.

                Neste Testo tentarei responder à pergunta : Podem os mortos comunicar-se com os vivos e ajuda-los? Para isso, lancemos mão da história do rico e Lázaro, contada por Jesus e registrada por Lucas no capítulo 16 do seu Evangelho, versículos 19 a 31. 

                Os versículo 22 e 23 dizem:

 "Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão;
morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos,
levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio."

Um quadro contrastante

"O "seio de Abraão" era um lugar localizado no próprio hades. Antes do
advento do Messias, tanto os justos como os injustos iam para um mesmo 
lugar na sua morte, o sheol, em hebraico, e hades no grego. Lá havia 
uma divisão, o lugar dos justos, que os rabinos denominavam "Seio de 
Abraão" , "Jardim do Éden" e o "Trono de Glória". Destes três nomes, o 
"Seio de Abraão" era o mais usado na teologia judaica da época, e esse
Paraíso fazia parte do hades. Dava perfeitamente para conversar, e ainda
mais com a permissão de Deus. Quando o Senhor Jesus morreu, desceu às 
partes mais baixas da terra, e "levou cativo o cativeiro" (Ef 4.8-10, 1 Pe 3.18-20)
, de modo que agora o Paraíso ou Seio de Abraão localiza-se 
no Céu. No entanto, antes da ressurreição de Cristo ainda estava no sheol, 
no seio da terra" . (Testemunhas de Jeová - Comentário Exegético e Explicativo.
Vol. 1 . Esequias Soares da Silva, 2º Edição, 1993 , Editora Candeia, p.232).


                Veja que quadro contrastante! Lázaro morre e é levado ao paraíso, quanto ao rico, ao morrer, é lançado no inferno, de onde, em agonias, clama: "... Pai Abraão, tem misecórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a linguá, porque estou atormentado nesta chama." (v. 24). 

                Naquele instante de extrema dor, um pequenino favor de Lázaro poderia ajudar a amenizar o sofrimento daquela infeliz alma, porém, o pai Abraão respondeu:

"... Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro
igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em 
tormentos. E, além de tudo, está poto um grande abismo entre nós e
vós, de sorte que os querem passar daqui para vós outros não
podem, nem os de lá passar para nós." (vv. 25,26).

                 Já sem nenhuma esperança de que o seu sofrimento fosse minorado, o homem rico clama agora em benefício dos seus entes queridos:

"... Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho
cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também
para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles tem Moisés e os
 profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre
os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhes 
respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão 
persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos." (vv. 27-31).

Algumas conclusões desta passagem


                 Feita uma análise desta passagem, a conclusão a que se chega é a de que:

                          1. A vida no porvir será uma consequência natural da vida que se viveu aqui na terra: Lázaro que era piedoso e temente a Deus aqui, morreu e foi levado ao paraíso, enquanto que o homem rico, que vivia longe de Deus e era vaidoso e indiferente às necessidades dos outros, morreu e foi lançado no inferno.

                           2. O lugar onde será lançado os perdidos  será um lugar de sofrimento eterno, e não um lugar de purificação e aperfeiçoamento de espíritos.

                           3. S e ao homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, abre-se-lhe uma porta de escape após a morte como admite o Espiritismo, o Evangelho de Cristo deixa de ser oque é e o Seu sacrifício torna-se desnecessário e absurdo quanto a salvar a raça humana.

                            4. Se um falecido pudesse ajudar de alguma forma os seus entes queridos vivos, o homem rico não teria rogado a Abraão que enviasse Lázaro ou um dos mortos à casa dos seus irmãos, a fim de adverti-los do perigo de cair no inferno; ele mesmo teria feito isso.

                             5. Se fosse possível que o espírito de um falecido pudesse ajudar os vivos, Deus teria permitido que o homem rico exercesse influência junto aos seus parentes.

                              6. Tudo quanto homem precisa saber concernente a salvação e a vida eterna, acha-se exarado nos escritos de Moisés, dos profetas, dos evangelistas e dos apóstolos.

Conclusão

                Toda revelação divina escrita está condicionada às seguintes palavras de Jesus:

"Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico:
Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos
escrito neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro
desta profecia , Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade
santa e das coisas que se acham escritas neste livro." (Ap 22. 18, 19).

Assim os chamados "bons ensinamentos" dos espíritos dos mortos, defendido pelo Espiritismo, nada mais são do que ensinamentos de demônios, pois, apresentam-se como nova revelação, em detrimento da verdadeira revelação de Deus, a sua palavra. 


DE DEUS NÃO SE ZOMBA

           Através deste Texto mostrarei o grande perigo que corre aquelas pessoas que se dão às tristes aventuras espíritas.

            Usaremos a história do bispo episcopal, James A. Pike, envolvendo a morte do seu filho Jim, no relacionamento de ambos com o Espiritismo. Está história foi escrita no Anuário Espírita (1971).

             Reportamo-nos a ela como meio de oferecer subsídio ao leitor, ao combater o Espiritismo, e para evitar aqueles que estão se deixando iludir por esses ensinos de demônios. 
     
A trágica morte de Jim

"Pike tinha um único filho, Jim, bilo e culto rapaz. Em 1966, pai e filho
encontravam-se na Inglaterra, em Cambridge. Jim decidiu voltar ao EUA.
Voou para Nova York, e ali, no seu quarto de hotel, matou-se com um tiro.
Jim tinha dificuldade em se comunicar com as pessoas. Era arredio mesmo
em relação ao pai, e, por ironia, só depois da morte, através de médiuns
americanos e ingleses, conseguia se comunicar com Pike. Jim tinha 22
anos. Sua morte arrasou o pai. Tudo foi mais dramático poque por incrível
que possa parecer, Pike não cria na vida após a morte. Ele fora seminarista
e se desiludira com o Catolicismo; mesmo como bispo episcopal sua
situação era embaraçosa: sem admitir os dogmas da religião, via-se
constantemente atacado e não poucas vezes fora tachado de herético".

Coisas estranhas começam a acontecer

                 Após o funeral do filho nos USA, Pike voltou com seus problemas para Cambridge.
No quarto de hotel onde antes estivera com o filho, coisas estranhas começaram a acontecer: "... roupas eram atiradas dos armários, livros moviam-se das estantes", relata o mesmo Anuário.

                  Como toda pessoa que se envolve com o Espiritismo, Pike resolveu dar um passo desastroso na vida. Em vez de normalizar a sua situação com Deus, saiu à procura de alguém que pudesse explicar tais fenômenos.

                   Foi assim que, com a ajuda de amigos, entrou em contato com a médium inglesa, Ena Twigg. Uma cessão foi marcada e Pike teve o primeiro contato com aquilo que ele julgou ser o espírito do seu filho.
O espírito dizia: "Tenho sido tão infeliz". Instado pelo pai, respondeu que não acreditava em Deus como uma pessoa, mas que, agora, acreditava na eternidade.

Acrescenta o Anuário:

"Além disso, o rapaz exortou-o a prosseguir em suas pesquisas psíquicas
e predisse que o pai abandonaria a sua igreja. Pike mostrou-se constrangido,
mas Jim insistiu: "Você fará. Isto acontecerá no dia 1º de Agosto."

Pike deixa a sua igreja

               Logo após chegar à América, de volta da Inglaterra, Pike entrou em contato com o médium americano Arthur Ford, com o qual teve participação num programa de televisão. No citado programa, Ford, em transe, transmitiu mensagens que diziam ser de Jim a Pike. O programa produziu um escândalo tão grande, que deixou a imprensa americana e inglesa num verdadeiro reboliço. A igreja Episcopal protestou e Pike resolveu deixa-la.

               Não muito depois da morte de Jim, após ingerir forte dose de barbitúricos, morre a senhora Maren Bergrud, secretária de confiança de Pike. Ela sofria de câncer. Certo dia, estando ela bem melhor de saúde, os espíritos segredara-lhe ao ouvido que se pusesse fim a sua vida poderia perpetuar aquele estado. Foi o que ela fez. Com a morte do filho e agora da secretária, Pike ficou quase arrasado; mesmo assim continuou buscando fenômenos relacionados ao além-túmulo.

Livro Do Outro Lado

               Pike juntou todos os materiais de todas as cessões espiritas das quais tinha participado, 
e escreveu o LIVRO DO OUTRO LADO. Pike foi presa fácil, caindo sob a armadilha do Espiritismo sem nenhuma resistência.
                
                Ao abandonar a igreja Episcopal, Pike decidiu fundar uma entidade para estudos psíquicos. Num dos seus diálogos com o suposto espírito de Jim, indagou se o filho ouvia falar de Jesus, ao que ele respondeu: 

"Meus mentores me dizem: Jim, você ainda não está em condições de
compreender. Eu não O encontrei, mas todos falam a respeito Dele como
um místico, um vidente. Eles não O mencionam como um salvador, mas
como um exemplo. Você compreendeu? Eu preciso dizer-lhe: Jesus é
triunfante. Você não pode me pedir que lhe diga oque ainda não
compreendo. Ele não é um salvador, isto é muito importante, mas um exemplo.
Acrescenta o Anuário: ... agora Pike julga-se um cristão autêntico".

O salário do pecado

                Pike partiu para a Palestina a fim de fazer uma pesquisa a respeito de Jesus Cristo, nos próprios lugares por onde Ele andou e exerceu o Seu ministério. A Bíblia já não lhe valia nada. Jesus, o Cristo Filho do Deus vivo não passava de um mito, em místico, um vidente. Ali aconteceu oque certamente ele não previa: no dia 7 de Setembro de 1969 ele morreu e o seu corpo foi achado quase coberto de areia nos desertos próximos do Mar Morto.

                 Vale lembrar as palavras de Paulo:

"Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem
semear, isso também ceifará. Porque oque semeia para sua própria
carne da carne colherá corrupção; mas oque semeia para o
Espírito do Espírito colherá vida eterna." (Gl 6.7,8)

VOCABULÁRIO ESPÍRITA

                Assim como a pessoa é identificar pelo vocabulário que usa, também o Espiritismo é melhor identificado através do vocabulário que usa para comunicar os seus enganos.

                 É evidente que muitas das palavras, abaixo relacionadas, que são utilizadas no linguajar espírita, podem ter diferentes sentidos. Entretanto, na relação que se segue, vamos dar o significado de cada palavra de acordo com a interpretação dada pelo Espiritismo.

                            -Médium. Pessoa que se atribui o poder de se comunicar com o espírito de um morto.

                             -Mediunidade. É o fenômeno em que uma pessoa recebe um outro espírito, supostamente de uma pessoa falecida, sendo que esse espírito recebido passa a dominar a mente do "médium", que perde o controle e o domínio do seu próprio corpo.

                             -Clarividência e Clariaudiência. Fenômenos espíritas segundo os quais uma pessoa pode sentir, observar e ver os espíritos que a rodeiam, servindo de elo e comunicação entre o mundo visível e o invisível.

                             -Levitação. Fenômeno psíquico gerado por uma ou mais mentes na imposição de mãos, onde um objeto ou uma pessoa pode se elevar do solo. É muito praticado na parapsicologia, que é uma falsa ciência.

                              -Telepatia. Comunicação por via extra-sensorial entre duas mentes a distância Transmissão de pensamento.

                               -Criptestesia. É o fenômeno da sensação do oculto, ou seja, o conhecimento de um fato transmitido por um morto, sem conhecimento de alguém vivo.

                                -Premonição. Sensação, pressentimento do que vai suceder.

                                -Metagnomia. É a resolução de problemas matemáticos, obras artísticas que se produzem e linguás desconhecidas que se decifram. Lembre-se de que isto nada tem a ver com nenhum dos dons do Espirito Santo.

                                 -Telecinesia. Movimento de objetos, toque de instrumentos musicais, movimentos de balanços sem o toque de mãos.

Características desses fenômenos

                O espírita Cássio  Colombo no Estudo Sobre O Espiritismo detalha a seu modo, que

"Esses fenômenos,
1. não são fatos comuns da vida; antes, impressona pela sua anomalidade;

2. ocorrem apenas com determinadas pessoas que também recebem o
nome de clarividentes ou médiuns;

3. são pelo menos na aparência, fatos inteligentes;

4. são fatos que ninguém tem a consciência de causá-los. Dai atribuí-los,
cada qual a outrem, ou seja, não há entidade responsável pelos trabalhos;

5. os metapsíquicos* independem de espaço e tempo. Neles, o 
conhecimento ocorre direto, imediato;

6. exigem condições necessárias para as manifestações metapsíquicas:
concentração, penumbra, etc. O medo, a desconfiança e o sarcasmo
perturbam essas manifestações;

7. quase sempre são chamados de projeção, isto é, os fenômenos são
objetivos e não subjetivos. Não há alucinações;

8. são mensagens mediúnicas, muitas vezes apresentadas de modo
simbólico. Exemplo: para simbolizar uma morte, surge uma despedida;

9. várias vezes ocorrem na hora da morte, supondo-se, neste caso, que 
os fenômenos surgem por causa da tensão emotiva e das condições vitais
que, fugindo á regra, permitem a manifestação das forças latentes do espírito."

O ESPIRITISMO E SUAS CRENÇAS


              Já dissemos que as duas principais estacas de sustentação do Espiritismo são reencarnação e invocação de mortos. Neste Texto irei mostrar algumas das principais doutrinas do Espiritismo; doutrinas de negação e de distorção da doutrina cristã.

Deus

"Ab-rogamos a ideia de um Deus pessoal."
(The Phisical Phenomena in SpiritualismRevealad).
"Deve-se entender que existem tantos deuses quantas são as mentes
que necessitam de um deus para adorar; não apenas um, dois, três ou 
muitos." (The Banner Of Light, 3/02/1886).

Jesus Cristo

"Qual é o sentido da palavra Cristo? Não é, como se supõe geralmente, o
filho do Criador de todas as coisas? Qualquer ser justo e perfeito é Cristo."
(Spiritual Telegraph, nº 37).
"Não obstante, parece que todo o testemunho recebido dos espíritos
avançados mostra apenas que Cristo era um médium e um reformador
da judeia, e que, agora, é um espírito avançado na sexta esfera."
(Palavras do Dr. Weisse, citado por Honson, em Demonology Or Spiritualism).
"Cristo foi um homem bom, mas não poderia ter sido divino, exceto no
sentido, talvez em que todos somos divinos." (Mensagem por um espírito,
citado por Raupert em Spiritist Phenomena And Their Interpretation).

A Expiação

"A doutrina ortodoxa da Expiação é um remanescente dos maires abusos
dos tempos primitivos, e é imoral desde o âmago ...A razão dessa doutrina
é que o homem nasce neste mundo como pecador perdido, arruinado,
merecedor do inferno. Que mentira ultrajante! ...Porventura o sangue não
ferve de indignação ante tal doutrina?" (Medium And Daybreak).

A Queda

"Nunca houve qualquer evidência de uma queda do homem."
(A. Conan Doyle).

"Precisamos rejeitar o conceito de criaturas caídas. Pela queda deve-se
entender a descida do espírito à matéria." (The True Light).

O Inferno

"Posso dizer que o inferno está eliminado totalmente, como há muito já foi
eliminado dos pensamentos de todo homem sensato. Essa ideia odienta,
tão blasfema em relação ao Criador, originou-se do exagero de frases
orientais, e talvez tenha tido sua utilidade numa era brutal quando os homens
eram assustados com chamas, como as feras são espantadas pelos
viajantes." (A. Conan Doyle em Outlines Of Spiritualism).

A Igreja

"Passo a passo avançou a igreja Cristã, e ao faze-lo, passo a passo, a
tocha do Espiritismo foi retrocedendo, até quase não podia mais
perceber uma fagulha rebrilhante em meio às trevas espessas ... Por mais
de mil e oitocentos anos a chamada Igreja Cristã se tem imposto entre os
mortais e os espíritos, barrando toda oportunidade de progresso e desenvolvimento.
Atualmente ela se ergue como completa barreira ao progresso
humano, como já fazia a mil e oitocentos anos." (Mind And Matter, 8 de Maio de 1880).

"Se o Cristianismo sobreviver, o Espiritismo deve morrer; e se o
Espiritismo tiver de sobreviver, o Cristianismo deve desaparecer. São a
antítese um do outro..." (Mind And Matter, Junho de 1880).

A Bíblia

"Asseverar que ela é um livro santo e divino, que Deus inspirou os seus
escritores para tornar conhecida a sua vontade divina, é um grosseiro
ultraje e um logro para com o público." (Outlines Of Spiritualism).

"Gostamos pouco de discutir baseados na Bíblia, porque além de a
conhecermos mal, encontramos nela, misturados com os mais santos e
sábios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitável absurdos."
(Carlos Imbassahy, O Espiritismo Analisado).

Refutação


                 A Bíblia Sagrada, a espada do Espirito (Ef 6.17), lança a doutrina espírita por terra, e declara em alto e bom som, que:

1.Deus

                 a) é um ser pessoal (Jo 17.3; Sl 116.1,2; Gn 6.6; Ap 3.19);
                 b) é um ser único (Dt 6.4; Is 45.5,18: 1Tm 1.17; Jd 25).

2.Jesus Cristo

                  a) é, sempre foi, e será superior aos homens(Hb 7.26);
                  b) é apresentado na Bíblia como profeta, sacerdote e rei, e nunca como médium (At 3.19-24; Hb 7.26,27; Fl 2.9-11).

3. A expiação do pecado

                  a) foi um ato voluntário de Cristo (Tt 2.14);
                  b) é alcançada através de fé em Cristo (At 10.43);
                  c) é obtida pelo sangue de Cristo, segundo as riquezas da Sua graça (Ef 1.7).

A Queda

                  a) sobreveio como consequência da desobediência de Adão (Rm 5.12,15,19);
                  b) decorreu da tentação do Diabo (Gn 3.1-5; 1Tm 2.14).

5. O Inferno

                  a) foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41)
                  b) fica nas profundezas abaixo (Pv 15.24; Lc 10.15); 
                  c) será a habitação final e eterna dos ímpios (Sl 9.17; Mt 25.41).

6. A Igreja 

                  a) foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16.18);
                  b) jamais será vencida (Mt 16.18);
                  c) é guardada pelo Senhor (Ap 3.10).

7. A Bíblia

                  a) é a palavra de Deus (2Sm 22.31; Sl 12.6; Jr 1.12);
                  b) foi escrita sob inspiração divina (2Pe 1.20,21);
                  c) é absolutamente digna de confiança (Sl 111.7);
                  d) é declarada como pura (Sl 19.8); espiritual (Rm 7.14); santa, justa, boa (Rm 7.12); ilimitada (Sl 119.96); perfeita (Sl 19.7; Pv 30.5); verdadeira (Sl 119.142); não pesada (1Jo 5.3).

Conclusão

"Depois de ter passado tantos e tão longos anos de minha vida a
correr as tabernas da filosofia, depois de haver entregue a todas as
poliquiceses do espírito e ter participado de todos os sistemas
possíveis, sem neles encontrar satisfação, ajoelho-me diante da Bíblia."